Histórico
Written by Administrator
Wednesday, 08 April 2015 19:38
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O TJR Torneio Juvenil de Robótica foi idealizado pelo prof. Luís Rogério da Silva em junho de 2009, durante a sua participação na Robocup em Graz na Áustria, como mentor da equipe brasileira Hipérion de Dance Primary (hoje On Stage Primary), equipe essa que, aliás, conquistou o campeonato mundial como Superteam Primary, inaugurando com a taça recebida a história de conquistas brasileiras na Robocup.

A motivação para a criação de um torneio com esse molde foi a percepção de que eram necessários eventos que oferecessem aos participantes uma maior gama de desafios, incluindo alguns que partissem de problemas com menor grau de dificuldade, visando a obter, através de desafios planejados didaticamente, as condições propícias para difundir a robótica desde os seus princípios básicos até os níveis mais avançados para a Educação Fundamental e Média.

De imediato, o evento cheio de novos ares e atitudes ousadas ganhou a adesão da Comphaus Educacional que assumiu a tarefa de organizá-lo e dar-lhe sustentação econômica, colocando-o, desde então, sob a tutela de sua ação social.

Para completar os recursos necessários, o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo concedeu o espaço e, com a colaboração da Profa. Leliane Nunes de Barros, o evento ocorreu, em sua primeira edição, no segundo sábado de agosto de 2009.

Nascia, assim, um evento de robótica gratuito que, em sua primeira edição, contou com 38 equipes inscritas: O Torneio Juvenil de Robótica de São Paulo (nome que possuia naquela edição) partiu, de forma incrível, do mesmo patamar de número de equipes que a regional de São Paulo da Olimpíada Brasileira de Robótica em sua terceira edição, porém com mais escolas participantes.

O evento empregou o desafio Sumô e um desafio novo desenvolvido pela própria Comphaus, chamado de livre na ocasião e que, mais tarde, ganharia o nome do cenário em que era praticado: Viagem ao Centro da Terra.

A proposta incomum, para a época, de contar também com a participação de equipes que fossem compostas por integrantes reunidos pela afinidade, ainda que fossem alunos de escolas distintas, e o fato inusitado de se permitir a inscrição direta pelos próprios alunos interessados sem ter de passar pelo crivo de um professor contribuíram para criar um clima de competitividade, ainda que com forte companheirismo e colaboração entre as equipes.

Nessa mesma oportunidade, sagraram-se campeãs duas equipes que fariam longevidade e sucesso em muitas outras competições de robótica: Ctrl Alt Del __ Campeã em Sumô Primário__ e Challengers __ Campeã em Sumô Secundário. De um lado a equipe Challengers representou o Brasil no mundial da VEX Robotics Competition 2010, enquanto que a equipe Ctrl Alt Del representou o Brasil na Robocup 2010 em Dance Primary.

Vale lembrar que a equipe Ctrl Alt Del foi a primeira equipe mesclada a partir de alunos de escolas distintas da história das competições nacionais de robótica voltadas para Educação Básica: Liara Guinsberg do Colégio Etapa (na foto abaixo, recebendo o título de campeã por sua equipe) , compunha com André Shimizu do Colégio Objetivo e Bruna Ianaconi Fusco da Escola Romeu de Moraes uma equipe criada para disputar esse torneio. Logo depois, essa equipe foi vice campeã estadual da OBR 2009 e campeã em Dance Primary na LARC de 2009, quando conquistou a vaga para representar o Brasil na Robocup de 2010.

Durante a primeira edição, palestras foram realizadas: num ciclo de palestras, que foi o embrião do Simpósio de Temas em Tecnologia e Currículo, apresentaram-se a profa. Leliane Nunes de Barros e o prof. João Vilhete D’Abreu.

Em 2010, o evento ganhou novos parceiros: a Universidade Paulista fez a transmissão online, em tempo real, do evento sediado no IME USP, através da TV WEB UNIP OBJETIVO.

Nesse ano, o Simpósio de Temas em Tecnologia e Currículo apresentou as palestras do Prof. Marcelo Souza, do Prof. Roberto Hirata, do Prof. Mario Fontes, do Prof. Flávio Tonidandel, da Profa. Leliane Nunes de Barros, sob os cuidados da Profa. Eliane Gonçalves que o coordenou.

No ano seguinte, dentre as palestras estavam a palestra realizada por Renato Ferreira Pinto Jr e Wallace Souza, quando apresentaram ao público do Simpósio, mais de 300 pessoas, o projeto do robô campeão mundial da Robocup da Turquia em Rescue A Secondary.

Entretanto, foi a partir de 2012 que o evento passou a ser realizado sob um plano de gestão mais amplo e coeso: criou-se um sistema de inscrição __ o Sistema Gaia; surgiram os Cadernos de Apoio (para apresentar e explicar cada desafio ao professor, ao aluno e ao árbitro), uma plataforma para educação a distância foi integrada ao evento __ a Escola Pública de Robótica, sistematizaram-se normas através das diretivas do evento e, com esses passos, o TJR Torneio Juvenil de Robótica pode melhorar o atendimento para o seu público.

A Escola Pública de Robótica logo empregou, para a recepção de alunos de diferentes lugares do país, a plataforma Moodle administrada pela Profa Izilda Maria Nardocci, com o oferecimento de cursos abertos e gratuitos.

Também em 2012, foi criado o ENATER - Exame Nacional de Tecnologia em Robótica com a finalidade de se avaliar o aluno, individualmente, sobre a sistematização que pôde realizar dos conceitos empregados por ele nos desafios práticos, quando em sua participação, nas várias competições oferecidas no Brasil em que, porventura tenha se inscrito __ o objetivo era poder responder aos pais, professores e escolas sobre o papel educacional realizado pelos cursos e eventos de robótica.

O plano de gestão de 2012 permitiu que, em 2013, o evento se expandisse para outros estados, como Distrito Federal e Rio de Janeiro. Nesse ano, a Universidade Paulista passou a abrigar o evento de São Paulo e deu condições para que fossem atingidos números oito vezes maiores do que aqueles da inauguração do evento em 2009. Surgia também o TJR Mini, primeiro evento específico para crianças de 6 a 11 anos.

No Rio de Janeiro, os esforços do prof. César Bastos, conseguiram congregar parcerias e alcançar números que, em 2014, foram similares aos de São Paulo.

No ano de 2014, cinco anos após o seu surgimento, nos vários estados em que o evento ocorreu, foram inscritas mais de 500 equipes, transformando o TJR Torneio Juvenil de Robótica num dos maiores eventos de robótica do país.

Em 2015, o SESI PB, o Instituto Presbiteriano Mackenzie e o Colégio Santo Inácio RJ, passaram a integrar o elenco de instituições de apoio nacional e a fabricante Robotis inaugura a parceria global do evento. Isso propiciou a criação da Etapa Final Nacional que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 28 de novembro no Colégio Santo Inácio.

Em 2016, ocorreram 17 etapas estaduais, bem como a final nacional no Colégio Santo Inácio (Rio de Janeiro) em 26 de novembro e também o primeiro evento internacional -- International Tournament of Robots, ocorrido na cidade de São Paulo em 27 de agosto no Instituto Presbiteriano Mackenzie.

Atualmente, o TJR Torneio Juvenil de Robótica é o segundo maior evento gratuito de robótica da América Latina, com mais de 1000 equipes participantes.

Nós que constituímos essa comunidade formada pelos que prestigiam essa gama de eventos, que de maneira resumida chamamos de TJR Torneio Juvenil de Robótica e International Tournament of Robots, agradecemos aos que contribuíram para abrilhantar o evento e convidamos todos a hastear, em alto mastro, a bandeira que prega Difundir Desafios Sempre!

Last Updated on Sunday, 06 November 2016 13:25